Nos temas ditos “fracturantes”, pena de morte, aborto, casamento homossexual, religião, etc, sempre tive ideias muito definidas.
Por muito que aceite o outro ponto de vista, a minha convicção é inabalável e justificativa.
No entanto, há temas, em que me divido.
O tema das manifestações religiosas de cada indivíduo é um deles.
O uso de Hijab, sejam eles burka, xador, ou niqab,em culturas ocidentais tem sido o mais controverso, e está nas ordem do dia de muitos países europeus.
Segundo diz o Al-corão:
“Ó profeta, dizei a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que quando saírem que se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que se distinguem das demais e não sejam molestadas; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo” – 33ª Surata Al.Ahzab, versículo 59
A justificação será a de proteger a mulher de olhares indesejados e indiscretos, preservando a sua dignidade como mulher.
À luz de uma educação muçulmana, muito patriarcal, protectora e possessiva por parte do homem em relação à mulher, esta tradição compreende-se.
Mas as justificações ocidentais, não são menos válidas.
Se a Human Rights Watch declara:
“A liberdade de exprimir a religião e a liberdade de consciência são direitos fundamentais”
Há quem diga que essa liberdade não é real, quando se é oprimido e forçado a fazer algo sem o direito a optar.
Nos países laicos, em que o direito à igualdade de géneros se sobrepõem sempre ao direito à liberdade religiosa, os problemas aumentam.
Há temas que não são realmente fáceis...
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