sábado, 6 de setembro de 2014

Canção do engate

Confesso que a 1ª vez que a ouvi, foi com os Delfins, e espantou-me, que pudessem fazer uma canção tão boa.
Obviamente, não era deles!
Quando descobri que, afinal, era uma versão do António Variações, logo me vieram as memórias do pequeníssimo salão de cabeleireiro que a minha mãe frequentou uns tempos, para os lados da Rua da Pretas, que tinha 2/3 degraus de declive à entrada, e um ser deveras..."diferente" a cuidar do cabelo dela.
Era um dos meus pensamentos, enquanto esperava por ela!

A letra desta canção é de uma potência e intensidade, que nos faz tremer, que nos faz ter pele de galinha, faz-nos fechar os olhos e sonhar!

Mas, mais uma confissão.

Nunca soube o seu verdadeiro significado, talvez por ignorância ou mesmo estupidez minha, até conhecer o meu amigo Hugo, e ele explicar-me.

A explicação que me deu, devo dizer, é deslumbrante e cativante.

É a mais pura definição de amor livre, sem complexos ou constrangimentos.

Nada mais existe, naquele momento, o mundo parou, a vida está ali, naquele clima de flirt, de engate, onde vale tudo e ninguém tem travões.

Fantástico!
Obrigado Hugo! :)



"Tu estás livre e eu estou livre
E há uma noite para passar
Porque não vamos unidos
Porque não vamos ficar
Na aventura dos sentidos
Tu estás só e eu mais só estou
Tu que tens o meu olhar
Tens a minha mão aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mão deserta
Vem que amor
Não é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz
Vem que amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te dás
Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia
Tu continuas à espera
Do melhor que já não vem
E a esperança foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada
Refrão (3x)

Nenhum comentário:

Postar um comentário